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domingo, 25 de janeiro de 2009

Reserva Legal em São Paulo


Segundo o site da Secretária Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, Foi assinado pelos secretários do Meio Ambiente e da Agricultura decreto regulamenta manutenção e recomposição da Reserva Legal
Cerca de 80% das propriedades rurais do Estado de São Paulo possuem Reserva Legal - RL em percentual abaixo dos 20% exigidos pelo Código Florestal Brasileiro. Mas, a partir de agora, esse quadro poderá ser revertido. Foi publicado em, 07.01, o decreto 53.939, que regulamenta a manutenção e recomposição da RL. O texto foi assinado pelo vice-governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, e pelos Secretários Xico Graziano, do Meio Ambiente, João de Almeida Sampaio Filho, da Agricultura e Abastecimento, e Aloysio Nunes Ferreira Filho, da Casa Civil.
A Reserva Legal é uma área necessária em propriedades ou posses rurais para o uso sustentável dos recursos naturais, para conservação e reabilitação da biodiversiodade e para proteção de fauna e flora nativas. O seu tamanho varia de acordo com o bioma e dimensão da propriedade. No Estado de São Paulo toda propriedade rural tem que ter 20% de sua área dedicada à RL e, em caso de não atender a esse percentual, o proprietário tem por obrigação recompor ou compensar a área exigida por lei.
As regras para a composição da RL são mais específicas, por exemplo, a densidade de árvores plantadas deve estar entre 600 e 1.700 por hectare, no máximo 50% das espécies devem ser exóticas e a não utilização de espécies competidoras, como as gramíneas, que tornam mais difícil a regeneração da mata nativa.
O proprietário cuja RL for inferior ao mínimo de 20% poderá fazer compensação em outra área desde que ela tenha equivalente importância ecológica e extensão, esteja localizada na mesma microbacia hidrográfica e colabore com a formação de corredores interligando fragmentos de vegetação nativa.
O decreto estabelece que as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e da Agricultura e Abastecimento são responsáveis pelo apoio técnico aos pequenos proprietários para que seja possível recuperar e manter a mata nativa de São Paulo por meio das Reservas Legais.


Fonte: Secretária Estadual do Meio Ambiente de São Paulo.

Barrigudos batizados no Parque


Segundo o site da Secretária Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, no dia do aniversário da cidade de São Paulo quem visitar o Zoológico,será aguardado pela equipe do parque para escolher os nomes de dois macacos barrigudos, uma fêmea e um macho. A indicação dos nomes só poderá ser feita pessoalmente, no dia 25.01, no recinto dos animais, localizado na Alameda Alves, em uma urna que ficará a disposição das crianças, de até 12 anos, para que estas possam colocar as cédulas de votação, que poderá ser obtida na bilheteria do Zoológico ou impressa pelo site http://www.zoologico.sp.gov.br/.



Fonte: Secretária Estadual do Meio Ambiente.

Aquecimento visto do Espaço


Segundo o site da Folha de 23/01/2009, o Japão lançou, o primeiro satélite mundial que recolherá informações sobre os gases de efeito estufa no entorno terrestre, uma ferramenta inédita para medir a presença das substâncias responsáveis pelo aquecimento global.
O foguete japonês H-2A, construído e explorado pelo grupo industrial Mitsubishi Heavy Industries (MHI), decolou às 12h54 locais (1h54 de Brasília) da base de Tanegashima, no sul do país, para colocar em órbita o "Ibuki" ("sopro de oxigênio" em japonês).
"O lançamento aconteceu da maneira como estava previsto", informou a Agência de Exploração Espacial nipônica (Jaxa), depois que o satélite se separou do foguete para alcançar a órbita, a 660 km da Terra.
A agência recebeu as felicitações do governo por este programa que "permitirá aprofundar em grande medida os conhecimentos mundiais sobre as mudanças climáticas".
O satélite está especialmente equipado para observar a presença dos gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono (CO2), e seu impacto na Terra.
"É necessário conhecer melhor o comportamento dos gases", explica a Jaxa, que coordena o projeto em conjunto com o Centro Nacional de Pesquisa Ambiental.



Fonte: France Presse, em Tóquio,Folha On-Line

sábado, 17 de janeiro de 2009

Plantas contra o Aquecimento Global

Segundo o Caderno Ambiente do jornal Folha de S.Paulo de 16/01/2009. A agricultura pode ser um grande aliado para evitar o aquecimento global. E uma forma "realista e prática" para combater a mudança climática é optar por cultivar as variedades de plantas que refletem mais a luz solar. A ideia é defendida por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, na revista científica "Current Biology" (www.cell.com/current-biology).
Segundo eles, a iniciativa poderia esfriar em 1ºC a temperatura média do verão na América do Norte, na Europa e na Ásia. Pode parecer pouca coisa, mas cientistas preveem que, se houver um aumento da temperatura em mais de 2ºC, por exemplo, poderão ficar mais frequentes as secas graves, tormentas e inundações.
Segundo os pesquisadores, alguma plantas cultiváveis têm mais "albedo" --refletem mais luz solar de volta para o espaço-- do que outras. Ampliá-las ajudaria a resfriar a Terra.
O novo estudo afirma que a adoção de plantas mais reflexivas não prejudicaria a produção de alimentos no mundo. A escolha poderia se dar entre variedades da mesma planta, levando em conta o albedo de cada uma, e não a troca de uma espécie por outra.
Essa "biogeoengenharia" é mais barata e viável do que planos mirabolantes de lançar partículas resfriadoras na atmosfera ou construir um guarda-sol gigante no espaço, afirmam os cientistas.
Escolha de plantas
Mas quais seriam então as melhores variedades para plantar? "Há relativamente poucas pesquisas disponíveis sobre o modo como diferentes variedades da mesma cultura, bem como as diferentes culturas, distinguem-se em reflexividade", disse à Folha Andy Ridgwell, um dos autores do estudo. "Nós queremos abordar isso na nossa próxima investigação."
Segundo Ridgwell, estudos sobre as diferentes variedades de milho já mostram que a disposição e orientação das folhas mudam em cada uma delas, e isso altera seu albedo.
Já a diferença na reflexividade entre variedades de cevada é menor do que a observada no milho. No sorgo, as variedades também apresentam diferentes reflexidades. "Mas não há muito mais informação disponível no momento além dessas", afirma o pesquisador.
Para ele, o sistema de créditos de carbono poderia ser usado para incentivar o produtor a optar por uma variedade mais reflexiva durante o plantio.
América do Sul
Apesar de o potencial para esse tipo de mudança ser grande na Europa, Ásia e América do Norte, o impacto da medida seria pequeno no Brasil, diz Ridgwell.
"A densidade e extensão de terras aráveis na América do Sul, ignorando as pastagens e áreas de florestas, pelo menos como é atualmente prescrita no modelo climático global, é relativamente baixa quando comparada com a faixa de plantações que se estende pela Eurásia", afirma. Se as pastagens fossem levadas em conta, porém, o efeito para a América do Sul seria maior.
Solução parcial
Ridgwell diz que a "biogeoengenharia" cumpriria um papel complementar aos esforços para reduzir emissões de gases do efeito estufa, a real solução para frear o aquecimento.
"Se não houver uma redução das emissões de CO2, por exemplo, não será resolvida a questão da ameaça à vida marinha pela progressiva acidificação do oceano", afirma o cientista. "É preciso que haja um sentimento de urgência sobre o problema agora."
O uso de plantas agricultáveis com grande albedo seria apenas uma medida temporária para reduzir a gravidade das ondas de calor e seus impactos na agricultura e na saúde do "Norte industrializado".

Fonte : Folha de S. Paulo On-Line, AFRA BALAZINAda Folha de S.Paulo

Os Mais Verdes

Em dezembro passado, foi divulgado a lista dos municipios mais verdes do Estado de São Paulo,
os crtérios para a avaliação foram os seguintes:
- Esgoto Tratado
- Lixo Mínimo
- Recuperação da Mata Ciliar
- Arborização Urbana
- Educação Ambiental
- Habitação Sustentável
- Uso da Água, Poluição do Ar
- Estrutura Ambiental
- Conselho de Meio Ambiente.
Os 44 municípios que conquistaram notas superiores a 80, ganharão o Certificado Município Verde e, desses, 16 ainda receberão oPrêmio Franco Montoro.
A lista completa dos 332 municipios avaliados, você vê Aqui em .pdf.
Santa Fé do Sul 94,96
Angatuba 94,06
Gabriel Monteiro 92,84
Santa Rosa de Viterbo 90,6
Piraju 90,48
Novo Horizonte 89,80
Luiz Antônio 89,64
São Manuel 89,27
Barretos 89,04
Piacatu 88,78
Brotas 88,76
Junqueirópolis 88,37
Santo Antônio da Alegria 87,95
Cabrália Paulista 87,70
Americana 87,17
Guaraçaí 86,93
Aspásia 86,76
Sud Menucci 86,58
Paraguaçu Paulista 86,49
Itu 86,35
Riolândia 86,30
Botucatu 85,47
Monte Aprazível 84,51
Franca 84,44
Itatiba 84,27
Rubinéia 84,23
Ibirarema 84,15
Inúbia Paulista 83,79
Votorantim 83,72
Piratininga 83,67
Regente Feijó 83,55
Nova Canaã Paulista 82,84
Pongaí 82,42
Adamantina 82,36
Nova Castilho 82,30
Alvinlândia 82,06
Tatuí 81,48
Espírito Santo do Turvo 81,47
Salmourão 81,38
Álvares Machado 81,32
Bocaina 81,13
Presidente Epitácio 80,89
Jaborandi 80,88
Taiúva 80,32

Fontes: Secretária Estadual do Meio Ambiente, Blog da Clean.

Pulmão do Mundo




Segundo o jornal Folha de S. Paulo de 15/01/2009. A preservação da Amazônia pode evitar eventos climáticos extremos no centro-sul do Brasil, por causa do papel da floresta na manutenção do equilíbrio do clima na América Latina. De acordo com o pesquisador Antonio Nobre,do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a floresta tem papel fundamental no equilíbrio do sistema hidrológico da região. No funcionamento do clima na América do Sul, a Amazônia tem um papel muito grande na exportação de umidade, por meio da atmosfera, dos ventos. As nuvens saem da Amazônia para irrigar as regiões no centro-sul da América Latina: Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, norte da Argentina. Toda essa região depende das águas que vêm da Amazônia", apontou Nobre, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.
De acordo com dados do pesquisador, por dia, a Amazônia chega a jogar na atmosfera 20 bilhões de toneladas de água em forma de vapor.
O bom funcionamento desse sistema de regulação do regime de chuvas depende da manutenção da floresta em pé, sem desmatamentos, segundo Nobre. "O que está em curso hoje ameaça gravemente o funcionamento dessa máquina gigantesca."
O cientista compara o desmate da Amazônia à retirada de partes do fígado de uma pessoa que ingere muito álcool. "A floresta amazônica é como um fígado gigantesco, uma bomba, um pulmão. As árvores têm um papel muito importante no funcionamento da atmosfera, do transporte de água, do clima. E o que estamos fazendo é como cortar um pedaço do fígado, que passa a ter muito menos capacidade de lidar com os abusos", disse.
"O que a Amazônia provê é um sistema de estabilização climática que consegue manter a região toda em equilíbrio. Não se tem nem excesso de água nem falta. E também impede que ocorram secas prolongadas, que criariam os desertos."

Fonte:Folha On-Line e Agência Brasil, em Brasília

domingo, 11 de janeiro de 2009

Combustíveis Renováveis


Segundo Informações da folha on-Line, as organizações ambientalistas internacionais Greenpeace e Fundo Mundial para a Natureza (WWF) pediram à União Europeia (UE) a redução da dependência energética e o incentivo às energias renováveis em seu território, ante a crise do gás entre Rússia e Ucrânia que já atingiu vários países europeus. A solicitação foi feita na quarta-feira (8). O Greenpeace disse, em comunicado, que o corte do fornecimento de gás russo para a Ucrânia --por onde transita antes de abastecer o leste e o centro da Europa-- demonstra que as prioridades da próxima presidência da UE (turno tcheco, durante seis meses) devem ser a proteção do clima e a segurança energética.
Segundo o diretor de políticas climáticas e energéticas da UE, Joris den Blanken, a luta contra a mudança climática pode ser "a melhor forma" de reduzir uma dependência excessiva dos combustíveis fósseis, de criar milhões de novos postos de trabalho e de garantir uma economia estável e eficiente para resistir à recessão econômica.
Neste contexto, o Greenpeace propôs uma lista com cinco objetivos pelos quais julgará "o sucesso ou o fracasso da Presidência tcheca".
A WWF, por sua vez, disse em comunicado que o corte de fornecimento de gás da Rússia representa uma chamada de atenção à Europa para que reforce sua eficiência energética e os esforços por desenvolver energias renováveis.
a WWF diz que a crise do fornecimento de gás natural não deveria abrir a porta para o carvão ou a energia nuclear. Na visão da organização, a UE deveria tomá-la como uma "grande oportunidade" para desenvolver fontes próprias de energias limpas --como a solar ou a biomassa.


Fontes: Folha On-Line, da Efe, em Bruxelas

sábado, 3 de janeiro de 2009

Vamos protestar


Você sabia que já é possível fazer protestos contra o desmatamento da Floresta Amazônica via orkut? Pois é agora todos nós podemos e devemos fazer isto basta adicionar o aplicativo no seu perfil e começar a protestar é fácil, rápido e divertido.
Funciona como um game mas os protesto são na vida real, então é só clicar e começar a ajudar a Amazônia.
O site ainda mostra um ranking de quem protesta mais, então acesse o link abaixo e participe:
http://www.globoamazonia.com/



Fonte: Globo Amazônia

São Paulo desmata mais

Segundo o site Envolverde o desmatamento da mata atlântica na Região Metropolitana de São Paulo aumentou cinco vezes entre 2005 e 2008 em relação aos cinco anos anteriores. Os dados fazem parte de um levantamento preliminar, divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).Em maio, quando foi divulgado o Atlas dos Remanescentes da Mata Atlântica 2000-2005, registrou-se pela primeira vez uma queda no desmatamento do bioma no País. A área derrubada naquele período foi 69% menor que no anterior (1995-2000). De lá para cá, no entanto, o desmate voltou a crescer, ao menos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória (ES) - as três avaliadas por enquanto. A perda somada foi de 793 hectares - cerca de 990 campos de futebol.



Fonte:Envolverde/Aprendiz

Santuário das Baleias




O governo federal publicou mês passado um decreto estabelecendo o Santuário de Baleias e Golfinhos do Brasil, reafirmando a proteção integral desses animais em toda a extensão das águas jurisdicionais brasileiras. A medida, anunciada na data em que a proibição da caça à baleia no Brasil completa 21 anos, é uma mensagem política para o cenário internacional, no momento em que o Brasil negocia junto à Comissão Internacional da Baleia a criação de um Santuário de Baleias do Atlântico Sul, que asseguraria a proteção integral dos cetáceos em toda a bacia oceânica.Segundo um dos autores da proposta, o Vice-Comissário do Brasil junto à Comissão Internacional da Baleia e fundador do Projeto Baleia Franca José Truda Palazzo Jr., “a decretação do santuário brasileiro de baleias representa uma reafirmação da política brasileira de proteção desses animais ainda ameaçados, e da intenção do Brasil de seguir buscando que o Atlântico Sul seja reservado integralmente ao uso não-letal desses animais, através da pesquisa científica e do turismo de observação, que já aporta milhões de dólares em divisas aos países que a praticam na América do Sul e na África”. Além do Brasil, países como o Chile, Equador, Panamá e Costa Rica já adotaram medida semelhante como forma de reforçar suas políticas de conservação marinha. E neste mês a Comissão Internacional da Baleia segue negociando medidas de longo prazo para assegurar o futuro das populações remanescentes de baleias do planeta.





Fonte:Envolverde/Portal do Meio Ambiente

Vida Sustentavél já é Possível!


Segundo a Reportagem da Revista Istoé, uma vida sustentavél já é possível .. mudar Habitos diários e incorporar atitudes boas para o Planeta no dia-a-dia, já é rotina na vida de algumas pessoas. "Pelo menos 33% dos brasileiros percebem os impactos coletivos ou de longo prazo nas decisões de consumo", diz Heloísa Torres de Mello, gerente de operações do Instituto Akatu, organização que estimula o consumo consciente. De acordo com uma pesquisa da instituição, o número de consumidores que no ano passado privilegiaram empresas com boas práticas socioambientais em suas decisões de compra cresceu 7%, em relação ao estudo anterior, de 2003. "É uma tendência que veio para ficar", acredita a gerente do Akatu.
Do ponto de vista empresarial, as soluções ecológicas faziam parte até agora das megacorporações, que muitas vezes as utilizaram como mera estratégia de marketing, ou de lojas muito pequenas, que atuavam num incipiente nicho de consumo. Mas a prova de que o modismo virou uma onda irreversível pode ser vista em atitudes do comércio de bairro. A rede de padarias paulista Dona Deôla, cerca de 430 litros de óleo de cozinha das quatro unidades. Eles agora viram sabão e detergente. "Temos mudado várias práticas, na tentativa de fazer nossa parte. Não dava para jogar o óleo direto no ralo, é um crime ambiental", diz Vera Helena, proprietária da Dona Deôla. Em setembro, a padaria lançou suas próprias ecobags.
E se falar em coleta de água da chuva parecia conversa de hippie há alguns anos, hoje a tecnologia está a favor do meio ambiente. A Acqua Brasilis, que projeta os sistemas de captação de água da chuva e reúso de água para projetos de grandes construtoras, lançou este ano sistemas para residências. "Clientes finais são 5% do nosso público hoje, mas, em cinco anos, esperamos que esse número chegue a 50%", diz Paulino de Almeida, engenheiro de projetos da Acqua Brasilis. Com tantas tecnologias se tornando mais acessíveis e mais pressão social por produtos sustentáveis e boas práticas ambientais, é possível antever um horizonte verde. "Muita gente ainda age como se o problema fosse do governo ou das empresas, mas a escolha de uma empresa é uma premiação e faz diferença", diz Heloísa Torres de Mello.
Fonte: Revista Istoé on-line Especial Perpectiva 2009 e Reportagem de Verônica Mambrini

Corais para de crecer

Segundo o caderno Ambiente da Folha de S.Paulo on-line do dia 02/01/2009. Foi publicado um estudo no periódico científico "Science" por uma equipe do Instituto Australiano de Ciência Marinha detectou uma redução de 13,3% na taxa de crescimento dos corais ao longo de 2.000 km de extensão da barreira desde 1990. É o maior declínio visto nos últimos 400 anos, pelo menos.
Foram estudando 328 colônias de coral do gênero Porites em 69 recifes espalhados por toda a Grande Barreira, o grupo liderado pelo oceanógrafo Glenn De'ath notou uma redução em alguns casos drástica na velocidade à qual esses organismos se calcificam, ou seja, aumentam seu exoesqueleto. Parecidos com cogumelos gigantes, os Porites crescem depositando anualmente camadas do mineral aragonita (carbonato de cálcio), formando anéis de crescimento análogos aos das árvores. Como algumas das colônias da Grande Barreira têm mais de 400 anos de idade, De'ath e seus colegas conseguiram contar a história de vida desses organismos ao longo desse prazo, cruzando os dados de calcificação com as condições ambientais.
Os dados assustaram os pesquisadores: quase todas as amostras datando de 1990 a 2005 mostravam sinais fortes de redução de calcificação: uma taxa média de 1,44% de redução ao ano.
Cauteloso, o grupo evita culpar diretamente o aquecimento global pelo fenômeno, mas aponta que dois efeitos causados pelo acúmulo de gases-estufa na atmosfera são sua causa mais provável: o aumento da temperatura média da superfície do mar verificado na região, especialmente nas últimas décadas, e a acidificação progressiva do oceano, causada pelo excesso de CO2 no ar. O problema é preocupante por duas razões. Primeiro, porque os recifes de coral são as zonas mais biodiversas da Terra e geram uma economia anual de mais de US$ 30 bilhões em recursos pesqueiros. Segundo, porque as carapaças de calcário de seres marinhos são uma forma de sequestrar para sempre o gás carbônico. Se esse sequestro se interrompe, o mundo pode ficar ainda mais quente no futuro.
"Esses organismos são cruciais para a formação e a função de ecossistemas e cadeias alimentares, e mudanças agudas na biodiversidade e na produtividade dos oceanos do mundo podem ser iminentes", escrevem os pesquisadores.

Fonte: Folha de S.Paulo on-line e reportagem de CLAUDIO ANGELO editor de Ciência